“O povo Albertinense é feito de simplicidade, força e acolhimento — gente que honra suas raízes e vive com o coração voltado à terra.”
Emancipação:
01 de Março de 1963
Idade da Cidade:
62 anos de História
Estado:
Sul de Minas Gerais
Habitantes:
2.945 habitantes (Sendo do IBGE de 2022)
Área Territorial:
58.010KM²
Altitude:
978m de Altitude
Economia Local:
Cafeicultura
Gentílico:
Quem nasce em Albertina é Albertinense.
Religião Predominante:
Católica, Evangélica e Espirita
Conhecer a história de Albertina é mais do que olhar para o passado — é valorizar as raízes de um povo simples, trabalhador e cheio de orgulho do lugar onde vive. Aqui, cada morro, cada praça e cada casa carregam lembranças de quem construiu essa cidade com as próprias mãos, muito antes de ela se tornar oficialmente um município. As histórias de superação, de fé, de trabalho no campo e de união comunitária são os verdadeiros pilares que sustentam a identidade Albertinense. A cidade nasceu do esforço coletivo de famílias que encontraram nesta terra uma chance de recomeçar, plantar, criar seus filhos e construir um futuro com dignidade.
Nesta página, você vai encontrar uma narrativa mais real e humana sobre como Albertina se formou de verdade — longe das lendas, perto da verdade e ainda mais próxima do coração de quem vive aqui. Vamos além dos nomes e das datas, porque contar a história de uma cidade é também resgatar os sentimentos de pertencimento, as pequenas memórias que vivem no cotidiano e os feitos de pessoas anônimas que deixaram marcas profundas na memória local. Albertina tem alma, tem história e merece ser lembrada com verdade e orgulho.
A história de Albertina vai muito além das versões romantizadas contadas nos livros escolares. Antes de se tornar cidade, Albertina foi uma vila simples, ligada ao município de Jacutinga, construída por gente trabalhadora, de mãos calejadas e corações generosos. É uma história que começou há mais de um século, nas serras do Sul de Minas, quando as primeiras famílias chegaram movidas pela esperança de uma vida melhor.
Muitos ouviram falar de Bento Braganceiro, apontado como o primeiro a se estabelecer por aqui. Outros repetem a história da “moça bonita” que teria inspirado o nome da cidade. Mas a verdadeira origem de Albertina não está em nomes isolados ou contos idealizados — está na memória viva do povo. Está nos que abriram estradas com enxada, levantaram casas de barro, cultivaram a terra com fé e construíram a comunidade com união.
O que hoje conhecemos como município foi, por décadas, um distrito de Jacutinga. Um povoado que cresceu devagar, com sacrifício, marcado pela força da agricultura familiar, especialmente o café, que ainda hoje é símbolo de identidade regional. Em 1963, Albertina conquistou sua emancipação política, tornando-se oficialmente cidade — mas sua história já existia muito antes disso, nas conversas dos mais velhos, nas festas de padroeiro e nas lembranças de quem viu a vila florescer.
Essa história real, no entanto, nem sempre foi contada com a devida atenção. Quem sabe, por exemplo, que o terreno onde hoje está o Mirante do Cristo foi doado com generosidade pelo casal Sebastião Cândido Pereira e Josefina Margonato Pereira? Ou que o Parque do Lago, um dos cartões-postais da cidade, foi idealizado e construído graças à visão e à luta incansável de Rovilson Edivino Ferreira, o Né? Esses nomes deveriam estar nos livros, nas homenagens e nas aulas. Mas raramente são lembrados como deveriam.
Albertina tem raízes profundas. Sua história está viva nas praças, nas capelas, nos eventos culturais, nas escolas, nas serras e nos bairros. Está nos passos dos peregrinos que seguem pelo Caminho da Fé, na tradição do café coado, nas festas da Queima do Alho, na devoção ao Senhor Bom Jesus.
Hoje, mais do que nunca, é tempo de reconhecer, valorizar e preservar essa memória. Não apenas para contar com verdade o que já passou, mas para construir com consciência o que está por vir. Porque Albertina não é feita de lendas — é feita de histórias reais e pessoas reais. E histórias reais merecem ser contadas.
Uma terra de raízes profundas e histórias que ecoam nas montanhas. O território hoje pertencente ao município de Albertina, no extremo sul de Minas Gerais, começou a ser ocupado a mais de 100 anos. O primeiro registro histórico de habitação na região aponta para Bento Braganceiro, um desbravador que, durante uma missão de demarcação nas serras da divisa com o Estado de São Paulo, decidiu fixar-se em meio à natureza exuberante e férteis vales que ali encontrou. Com o tempo, a fertilidade do solo e o clima favorável à agricultura atraíram outros imigrantes, especialmente de origem europeia, que se estabeleceram na região e deram início a uma economia baseada no cultivo do café e outras lavouras.
A origem do nome “Albertina” é envolta em tradição oral e romantismo regional. Conta-se que uma jovem chamada Albertina, moradora da zona rural e de grande beleza, tornou-se figura conhecida entre os habitantes e visitantes da região. A fama da moça era tamanha que a expressão “vou para Albertina” passou a ser utilizada como referência ao local onde ela vivia. Assim, o nome da cidade surgiu de forma natural, pela força da convivência e da oralidade popular, sendo oficializado posteriormente.
O gentílico dos nascidos em Albertina é albertinense, povo conhecido pela hospitalidade, fé e orgulho de suas origens.
A criação oficial do distrito de Albertina ocorreu em 3 de novembro de 1936, pela Lei nº 115, subordinado administrativamente ao município de Jacutinga-MG. Esta configuração se manteve nos registros das divisões territoriais dos anos de 1936 e 1937.
Com o passar dos anos, o distrito passou por ajustes geográficos. Em 31 de dezembro de 1943, através do Decreto-Lei Estadual nº 1058, Albertina teve parte de seu território transferido para o distrito de Gramínea (antiga Grama), pertencente ao município de Andradas.
Apesar dessas mudanças, Albertina permaneceu como distrito de Jacutinga nas divisões territoriais dos anos de 1950 e 1960. A grande virada ocorreu em 30 de dezembro de 1962, com a promulgação da Lei Estadual nº 2764, que elevou Albertina à categoria de município, desmembrando-se oficialmente de Jacutinga. A instalação da nova sede administrativa municipal se deu em 1º de março de 1963.
Desde então, Albertina é um município autônomo, composto apenas pelo distrito sede, conforme registros da divisão territorial de 1979 e mantido até a última atualização em 2007.