Cachoeiras de Albertina/MG
As cachoeiras de Albertina são convite direto pra se desconectar do barulho e se conectar de verdade com a natureza.
As cachoeiras de Albertina fazem parte de um único rio que desce a serra formando uma sequência de quedas d’água impressionantes. Mas antes de falar de cada uma delas, é importante ser transparente: as águas desse rio não são 100% indicadas para banho. O Passeios Albertina não recomenda o uso das cachoeiras como área de natação ou lazer dentro da água.
Aqui, o convite é outro: contemplar, tirar fotos, gravar vídeos, fazer piqueniques, caminhar com calma e se conectar com a natureza de um jeito respeitoso e consciente. Infelizmente, nem sempre é seguro entrar na água – por isso, nossa orientação é clara: aproveite o visual, a energia do lugar e o som das quedas do lado de fora. Algumas pessoas ainda escolhem entrar no rio por conta própria; nesses casos, cada visitante assume integralmente a responsabilidade pelos riscos que decidir correr.
Outro ponto importante: esse conjunto de cachoeiras está em áreas privadas. Isso significa que o acesso pode ter regras específicas, ser restrito em alguns dias e seguir horários determinados. Não há quiosques, bares ou estrutura comercial montada no percurso. Por isso, leve sua água, seu lanche e, principalmente, na volta, leve todo o seu lixo com você. Cuidar do lugar faz parte da experiência e garante que esse cenário continue existindo bonito para quem chegar depois.
Lá no alto do curso do rio, a primeira grande queda é a Cachoeira do Amor. Ela já impressiona de cara pela força da água correndo entre blocos de rocha e despencando por um corredor estreito. No meio da cena, uma grande pedra com formato que lembra um coração parece ter sido esculpida aos poucos pela própria água. É daí que vem o nome: um símbolo de afeto e transformação bem no caminho do rio, criando um cenário perfeito para contemplação e fotos.
Descendo um pouco mais, o rio chega em um ponto marcante do circuito: a Pedra Fenda do Jacaré. Vista de lado, ela parece a cabeça de um jacaré de boca fechada, deitada sobre o leito do rio. A água passa pelas laterais da rocha, dividindo-se para alimentar duas quedas diferentes logo adiante: de um lado, a Cachoeira Albertina; do outro, a Cachoeira da Fenda. É como se a pedra fosse uma espécie de “portal” do rio, o lugar exato onde as águas escolhem por qual caminho seguir, se unindo logo na frente.
A Cachoeira Albertina desce suave por uma grande laje inclinada de pedra, com a água escorrendo em linhas contínuas que brilham ao sol. É uma queda mais aberta e suave, que convida à contemplação, ao registro em fotos e à pausa tranquila, acompanhada pelo som constante do rio correndo. Ali, a paisagem parece conversar com as histórias antigas da cidade, como se a própria natureza guardasse, naquelas pedras, a memória da moça Albertina e de todos que já passaram por ali em busca de leveza e paz.
Já a Cachoeira da Fenda é pura intensidade. Encaixada entre paredões de rocha cobertos de musgo e vegetação, a água cai por dentro de uma abertura estreita, formando um corredor de água e barulho que impressiona logo no primeiro olhar. A luz entra filtrada pelas copas das árvores, desenhando reflexos na pedra molhada e criando um clima de refúgio secreto. Enquanto a Albertina acolhe com delicadeza, a Fenda mostra a força concentrada do rio, como se a rocha tivesse se aberto só o suficiente para deixar a água passar.
A água segue seu caminho e encontra a Cachoeira Fortaleza, que leva esse nome em homenagem ao sítio onde está localizada – e também pela sensação que transmite. A queda parece protegida por uma espécie de muralha natural de pedras e vegetação.
A água cai firme sobre as rochas, corre em direção ao poço e o som ecoa entre as árvores, misturado ao canto dos pássaros e ao vento batendo nas folhas. É um lugar em que a gente se sente “dentro” da natureza, cercado de verde e pedra por todos os lados. É cenário ideal para contemplação, fotos e aquele silêncio respeitoso em que a gente entende, sem palavras, a força da natureza ao redor.
Mais abaixo, o rio se apresenta na Cachoeira da Saudade, uma das mais queridas por moradores e visitantes. De acesso mais fácil e com uma faixa de areia que lembra uma pequena praia de rio, ela reúne tudo o que vem à cabeça quando pensamos em um dia tranquilo na natureza: queda forte, poço visualmente convidativo e muito verde em volta. Em dias de sol, a luz bate na água e ilumina o fundo verde, criando um cenário digno de cartão-postal. É aqui que muita gente cria memórias em família, com amigos ou em casal – e é justamente essa vontade de voltar que faz o nome “Saudade” combinar tanto com o lugar.
No final do curso desse mesmo rio está a Cachoeira Minas da Saudade, fechando o circuito com chave de ouro. A água se divide em mais de uma queda, escorre por uma laje larga de pedra e encontra um poço rodeado por grandes blocos. Em determinados horários, feixes de sol atravessam o topo das quedas e dão ao cenário um clima quase cinematográfico. É um daqueles lugares em que a gente sente que está vendo a natureza em cena, pronta para ficar na memória.
Do começo ao fim – da Cachoeira do Amor, passando pela Pedra Fenda do Jacaré, por Albertina, Fenda, Fortaleza, Saudade e chegando em Minas da Saudade – esse rio conta uma história em forma de água, pedra e tempo. Em cada parada, o recado é o mesmo: caminhe com atenção, respeite os limites do seu corpo, siga as orientações do guia, aproveite para contemplar mais do que se arriscar e, acima de tudo, ajude a cuidar desse pedaço de mundo. As cachoeiras de Albertina não são um parque aquático: são um patrimônio vivo, que depende do cuidado de cada visitante para continuar existindo assim, brutas, bonitas e verdadeiras, por muitos e muitos anos.
Toda essa água nasce nas encostas da Serra dos Limas, cruza o bairro Abertão de Cima, passa por pastos, cafezais, florestas e serras até formar, no fim do município, esse conjunto de quedas que tanta gente vem admirar. Mesmo não sendo um rio totalmente intocado, ele segue sendo um patrimônio natural de Albertina, um verdadeiro tesouro que alimenta nossas terras, nossa paisagem e nossa identidade. Por isso, cada morador e cada visitante tem um papel nessa história: respeitar as orientações, evitar o banho, não deixar lixo, não interferir na água e ajudar a preservar. Quando a gente cuida dessas nascentes e cachoeiras hoje, garante que esse paraíso continue existindo amanhã.
UM CONVITE SINCERO À CONTEMPLAÇÃO
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